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OVNIS no passado da Argentina

UFO Sightings - A Experiência Inesquecível - The Unforgettable Experience

Algumas considerações Preliminares

Um dos aspectos que mais tem fomentado o ataque impiedoso dos críticos científicos sobre nós, os revisionistas do passado, é a falta de critério em boa parte dos nossos confrades. Com efeito, em seu excessivo fervor na busca de "marcianos", eles têm ido mais atrás do questionamento de um conhecimento estabelecido, numa "caça ao tesouro" circense onde qualquer figura simbólica, qualquer petroglifo ignorado, enfim, todo resultado do esforço do homem antigo só parece ter explicação através da presença destes visitantes do cosmos.

Acreditamos, sinceramente, que em nosso atual enfoque deve existir, paralelamente à amplitude de critério, o mais estrito sentido de honestidade para conosco mesmos. Ambas as qualidades, que consideramos básicas de toda investigação, tem sido nossa maior marca; e a elas temos tratado de nos remeter a cada passo.

A fim de agilizar a leitura e compreensão deste texto, temos evitado a narrativa sonífera que, tida como pseudo-analítica só busca agregar páginas ao conjunto. Sem dúvidas, ainda que nos encontremos em um estágio primário da Neoarqueologia, não só argentina como mundial, pelo que qualquer tentativa de explicação está necessariamente condenada ao fracasso. 

As conclusões, por isso, são necessariamente provisórias e dependem exclusivamente do critério e enfoque do leitor. Só podemos, então, nos permitir expor fatos, testemunhos, "coincidências" e esperar que um trabalho mais analítico que o nosso que como pioneiro apenas se limita a percorrer territórios inexplorados coletando dados para os cientistas de escritório e laboratório - elaborem as correspondentes teses.

Desnecessário é continuar discursando sobre os caminhos percorridos até o presente momento pela Neoarqueologia. Praticamente toda a Ásia, África, Oceania, Europa e América do Norte, Central e em grande parte do Sul foram vasculhadas pelos incansáveis investigadores em busca de indícios que confirmassem suas teorias. 

E estes indícios apareceram em miríades: as pirâmides de Giseh, Tiahuanaco, os terraços de Baalbek, Palenque, a "caveira de cristal" de Lubaatúm, as "pilhas elétricas" de Bagdá, a coluna inoxidável de Koubt Minar, em Delhi, os Hav-Musuvs americanos, o enigma maya, os Vedas hindus, Nan Madol na Polinésia, Pair-non-Pair nos Alpes, os cemitérios de animais mortos à bala em épocas pré-históricas na Sibéria e muitos outros. 

Atualmente, na Argentina, surgem as provas que acrescentaram esta hipótese, tão adiada apesar de ser "terra de ÓVNIS" ela freqüência e constância de suas aparições, a falta de uma estrutura investigativa organizada somada às escassas disponibilidades econômicas que permitiram mostrar aos grupos minoritários do âmbito cultural estudos desta natureza, feito que se tornasse  inacessível  no âmbito de mídia.
Depois de 10 anos em bibliotecas, revisando arquivos pessoais e percorrendo o país atrás dos rastros de visitantes extraterrestres obtive, em primeira mão, estes resultados que, pessoalmente, creio que são satisfatórios. Com eles redigi meu livro "Extraterrestres em el pasado argentino" (Ediciones Kan), do qual reproduzo aqui algumas evidências.
A mais Antiga
Talvez a mais antiga observação de um OVNI  sobrevoando estas terras  e realizada por elementos "civilizados" corresponda  a que o grande navegante Pedro Sarmiento de Gamboa descreve na sua "Relação das viagens pelo Estreito de Todos os Santos", publicada em 1714, em Madrid, pelo editor Bernardo Iriarte. Textualmente, Sarmiento de Gamboa relata o seguinte, com referência à jornada de 14 de fevereiro de 1580: “... Essa noite, à hora da noite, no quarto do sudeste ao sul (o seja, no sul-sudeste) vimos sair do mar uma coisa redonda, vermelha como fogo, como uma adaga (um escudo) que ia subindo pelo céu ao vento. Sobre um monte alto se prolongou (se "tornou" mais largo ou, por efeito de  perspectiva, algo como um "disco" se vê primeiro redondo -de base- e depois prolongado-inclinado-), e estando como uma lança alta sobre o monte (três metros, embora pudesse ser mais, dada a distancia), se fez meia lua entre vermelha e branca. As figuras eram destas maneiras..." e acompanha o desenho de um círculo, uma elipse e uma meia lua.
O texto, redigido em estilo jornalístico arcaico, é, no entanto, bastante pormenorizado. Já sendo de noite, e encontrando-se os expedicionários descansando na costa, vêem sair do mar, na direção indicada, um objeto circular, convexo, de cor vermelha. Avança primeiro até o zênite, a vertical do céu, e depois sobre o território, detendo-se sobre um morro onde, ao inclinar-se e, como dissemos, por efeito da perspectiva, adquire configuração de elipse e  depois de meia-lua, mudando sua tonalidade.

Rio Negro - Achado de um Humanóide

No nosso país existe uma reserva arqueológica de especial importância para os estudiosos desta disciplina: Paso de los Molles, situado na província de Rio Negro. Consiste numa sucessão de cavernas escavadas pela ação da água na pedra calcária no decorrer dos milênios e utilizadas pelos primitivos habitantes destas regiões (tribos nômades de tehuelches, araucanos do Chile e mgoscúes) como abrigos temporários. O que primeiro chama atenção a quem entra, literalmente, nestas cavernas e em seus mistérios, é o achado de pinturas de inestimável valor realizadas por tribos que, aparentemente, embora vivessem unicamente da caça e em plena Idade da Pedra, conheciam a arte rupestre e foram artífices de algumas pinturas que chamaram nossa atenção.
Uma delas representa a um ser, evidentemente de morfologia humanóide, de crânio desenvolvido e todo coberto, em uma ocasião, por um "halo" um tanto ambíguo, e, em outra, por outro halo, desta vez ao redor do corpo.

Deixo a interpretação deste halo liberada ao leitor, assim como deste outro humanóide rodeado por um duplo círculo que lhe dá um ar - certamente muito sugestivo - de (ai!) um astronauta e a seu redor círculos concêntricos em fila, no ar, e o que parece ser um "charuto" do qual só se percebe o extremo, estando o resto do desenho apagado pelo tempo. (Imagem no início de um artigo)

Certo investigador argentino - a quem estimo muito - publicou em uma oportunidade, um comentário contrário a esta interpretação, argumentando pela teoria de que os círculos concêntricos representavam o útero materno com o feto em gestação, sabendo-se que assim os diaguitas representavam o momento da concepção. Porém a isso se opõem dois fatos: os diaguitas formavam uma etnia de hábitos extremamente sedentários, instalada no sopé da cordilheira dos Andes, principalmente nas províncias de Catamarca, Salta e Jujuy, ou seja, no extremo noroeste do país, enquanto Paso de los Molles se encontra ao sul, a mais de dois mil quilômetros de distancia. Os diaguitas nunca se deslocaram tão ao sul e não há de outra parte, outras evidências de influência cultural dos mesmos nas regiões austrais. Nem os tehuelches, ou quem tenha sido os misteriosos artistas, e se infiltraram tão ao norte. Ademais, não imagino a parteira embutida em um traje espacial.

Chubut - Ídolo Religioso

Em 1962, um grupo de arqueólogos patrocinados pela Universidade Nacional de La Plata, se encontravam levando ao fim as escavações nos arredores de Sierra Grande, província de Chubut, quando extraíram da terra uma pedra calcária, de forma cilíndrica aplainada com o motivo que mostra a ilustração:

À primeira vista, pode-se pensar que se trata de um elemento ornamental ou então, como apontou um dos expedicionários, uma guia para a confecção de guardas de ponchos, porém o tehuelches - pois de tal grupo provem a pedra - careciam de artigos ornamentais de grandes dimensões, supérfluos numa comunidade em constante movimento, apta para transportar consigo somente o indispensável. Ademais, são sumamente atrativos os desenhos de "escadas" e "janelinhas" dispostas a seu redor. O que o artista primitivo teria querido representar? Talvez alguma nave aérea, como esses gigantescos "charutos das nuvens" que tem acompanhado  historicamente o fenômeno OVNI, e que sobrevoou a Patagônia há centenas de anos? Se for assim, é possível que a pedra fosse reverenciada como um ícone religioso, um fetiche de grande valor.

Córbora - Várias Decolagens

Na província de Córdoba, nas serras que foram à nação dos comechingones (a assim chamada Comechingonia), habitaram - e guerrearam até o extermínio - esta tribo e a dos sanavirones. Em Ongamira se apresenta uma coleção de pinturas literalmente ao ar livre onde nossos olhos toparam assombrados, com um baixo-relevo talhado em uma pedra de um metro de largura por sessenta centímetros de altura.

Representa um ser, aparentemente antropomórfico porem com a cabeça não claramente definida-como se portasse um estranho capacete e seus traços fossem tão estranhos que o artista não soube como representa-los-empunhando um anel ou esfera, que me fez recordar das "esferas celestes" que milhares de testemunhas afirmam haver visto os tripulantes de ÓVNIS empunhar. A seu redor e sem fazer quase uso da imaginação, achamos dois corpos compridos, semelhantes a foguetes, soltando  baforadas de chamas ou gases,  e no outro extremo, um "disco voador"  em clara atitude de  decolagem.

Catamarca - Marte Ataca

Tempos depois, remexendo numa biblioteca, descobri a reprodução de um dos tantos desenhos talhados pelos diaguitas nas proximidades de Antofagasta de la Sierra, em Catamarca. Sem deixar de lado um sorriso, advertimos que representam um ser, de aparência normal e em atitude de assombro observando as outras duas entidades, estas em primeiro plano, as quais seguram uns objetos em forma de "Y" e, sobre suas cabeças -como nas  historietas de ficção científica- antenas, terminadas em esferas.
Buenos Aires - Mais Petroglifos
Também deveríamos fazer menção do petroglifo descoberto a 10 quilômetros da cidade de Três Arroyos. Em 1974, tive oportunidade de visitar o museu desta cidade, na província de Buenos Aires. Depois de andar indiferente durante alguns minutos entre mesas e vitrinas, um enorme pedaço de pedra, apoiada num canto de uma sala secundária, chamou minha atenção: bastaram apenas seis passos para reduzir a zero à distância entre eu e o desconhecido.

Uma pedra pintada. Um petroglifo que reproduzia uma cena fantástica, porém real. "Talvez demasiado real", pensei comigo mesmo, e girando sobre meus pés me dirigi ao escritório do curador do museu, sem voltar à cabeça. Este, um amável cinqüentão, eliminou qualquer semente de suspeita que em mim possa ter sido despertada pela cena que descreverei: quatro pessoas, dois homens e duas mulheres, os atributos sexuais estão claramente exagerados, observam com pavor dois círculos concêntricos (recordar Paso de los Molles) que, brilhando, evolucionam sobre suas cabeças.

O conservador do museu me comentou que um grupo de trabalho da ex-empresa estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales, realizando prospecções, havia dado com ela. Dali passou diretamente às mãos dos arqueólogos que determinaram:
  • · Datação desconhecida (porém, devido a avaliações estratigráficas e das sedimentações  do lugar, aproximadamente quatrocentos anos);
  • · De feitura desconhecida (tanto poderiam ter sido realizadas nas tribos nômades da zona como não);
  • · Significado desconhecido (para eles).
Nós poderíamos opinar outra coisa. Esses dois pares observam com assombro e espanto dois objetos elípticos e brilhantes no céu. Convenhamos que um deles poderia ser o Sol ou  a Lua, porém, e o outro? Além do que, ao tratar-se de qualquer destes astros, não entendo, então, o porquê do estupor.
Mendoza - Estranha Cerâmica
Há pouco mais de dez anos, me encontrava certo domingo passeando pelas galerias do Museu Antropológico da cidade de Mendoza, na província homônima, quando me detive interessado frente a uma vitrine que exibia o título generalizante de "Cerâmica inca".
Em seu interior se encontravam pedaços de cerâmica, dispersas ou reconstruída, que as hostes incas haviam abandonado depois de sua fracassada invasão ao sul, ao redor do ano 1450, quando penetraram na província de Mendoza, sendo aniquilados pelas tribos locais huarpes no vale de Uspallata (que significa "bolsão da morte"). Duas das vasilhas recuperadas chamaram minha atenção.

Ambas representam seres de traços faciais indígenas em atitudes nada indígenas. Ambos se encontravam em posturas ímpares, suas cabeças cobertas  com estranhos capacetes que lembram fone de ouvido. Um deles parecia estar surgindo da parte superior de uma esfera, enquanto que o outro descansava comodamente sentado em uma poltrona tipo aeronave, com sua mão esquerda apoiada sobre uma série de botões, e o torso de ambos coberto com placas que parecem um painel de computador ou outros aparatos eletrônicos, em nada justificáveis em tal época e lugar. No dias de hoje, meus esforços para obter do Museu Antropológico de Mendoza cópias fotográficas destas vasilhas tem resultados vãos, porém ali estão sempre à vista do curioso.

Missões - Experiências Sexuais

Na época das missões jesuíticas, o sacerdote Ruis de Montoya ficou vivamente impressionado pelos relatos que as indígenas lhe fizeram sobre o "cherrufe", um espírito de fogo que viajava pelo espaço deixando um rastro luminoso e, em algumas ocasiões, descia a terra e fecundava mulheres virgens, as quais só davam luz às crianças mortas.

Para mim, há aqui um exemplo completo, por sua total claridade. Um ser humanóide que satisfazia sua necessidades sexuais em cruzas geneticamente difíceis, assinaladas por uma indubitável infertilidade ou impossibilidade de levar a bom termo as gestações e cuidando de copular unicamente com mulheres virgens, sem duvida uma medida profilática com a intenção de evitar infecções venéreas cuja origem e terapia, possivelmente, lhe era desconhecida e, portanto, mortal.

Sinos Voadores

Também relatavam, atemorizados, as andanças do "huiyuche", o homem ou o "ser aceso" se nos ativermos à etimologia do nome-  que viajava em um sino se deslocava vibrando pelos céus. O que me recorda aquelas palavras que um sacerdote escreveu sobre a epopéia de Hernán Cortés, depois de chegar à América, a respeito de certos presentes que os índios lhe fizeram: "vários deles, com grande esforço, trouxeram o que era um sino de bronze, ouro e outro metal que o sacerdote disse não conhecer, uma herança de seus antepassados. Um dos homens subiu à parte superior do sino, levando na mão um pesado martelo e começou a bater na superfície. Ante nosso espanto, e segundo o infiel o golpeava, com maior ou menor força e onde o fizera, o sino se movia no ar em um ou outro sentido. Nosso padre sacerdote afirmou que isso era obra do demônio, pelo qual o comandante mandou que fosse fundido o objeto, incendiada a aldeia e morto o sacerdote nativo e o homem que subiu no sino".

Fonte: